Síndrome de Burnout: o que é e como evitar?
A síndrome de Burnout é considerada um dos grandes males do século 21. Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, essa doença chega sorrateiramente e, quando não tratada, pode levar a uma série de problemas mais sérios, como depressão e ansiedade.

É normal termos dias corridos no trabalho. Muitas vezes, ficamos presos entre uma reunião e outra, existem semanas que são mais tumultuadas e as demandas são maiores. Porém, essa ser uma situação comum do ambiente de trabalho não é normal.
Essa síndrome atinge cada vez mais pessoas ao redor do mundo e, em janeiro de 2022, a OMS (Organização Mundial da Saúde) passou a considerar o Burnout como uma doença ocupacional, caracterizada na lista da 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11).
O esgotamento profissional pode atingir qualquer um, desde o CEO até o estagiário de uma empresa. Assim, os profissionais de Recursos Humanos estão concentrando mais esforços e promovendo mais dinâmicas para evitar que esse mal alcance os colaboradores.
Quer saber mais sobre a síndrome de Burnout e quais os sinais que ela apresenta? Continue a leitura!
O que é síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout é uma doença causada pelo esgotamento e desgaste físico e mental, decorrente de um ambiente profissional pesado. Sua principal causa é o excesso de trabalho, que conta com horários conturbados e uma rotina agitada e disfuncional.
O Burnout pode acontecer com qualquer um em qualquer fase da jornada de trabalho. Geralmente, pessoas que almejam uma promoção, têm metas a cumprir ou trabalham sob grande pressão são mais propensas a contrair a síndrome, já que o esgotamento profissional é o principal sintoma.
O problema é que muitas pessoas não reconhecem que podem estar com Burnout em um primeiro momento. Culturalmente, somos ensinados que precisamos priorizar o trabalho acima de tudo, e que estresses a longo prazo são normais e “fazem parte”.
Por isso, muitos profissionais podem confundir a doença apenas com cansaço e ignorar os sintomas até que seja tarde demais e a doença tenha evoluído para um problema mais sério de saúde, como ansiedade, depressão ou até mesmo uma condição física mais grave.
Com a pandemia causada pelo Coronavírus e o home office virando uma realidade para muitos brasileiros, o Burnout começou a ser ainda mais observado ao redor do mundo.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Oswaldo Cruz em 2021, que analisou os impactos do isolamento social em trabalhadores essenciais, pelo menos 47% dos entrevistados apresentam sintomas de ansiedade e depressão.
Além disso:
- 44% tem feito uso excessivo de bebidas alcoólicas;
- 42% sofreram mudanças no sono;
- 30% foram diagnosticados ou fizeram tratamento para alguma doença mental no ano anterior.
Segundo outro levantamento feito pela LLH do grupo Adecco, 38% dos entrevistados indicaram que sofreram da Síndrome de Burnout em 2021.
Essa doença afetou também as gerações mais novas, principalmente as novas lideranças: para 45% desses líderes, que fazem parte da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), o trabalho remoto e/ou híbrido desencadeou aumento da Síndrome de Burnout e o deterioramento da saúde mental.
Ou seja, não importa a idade, a profissão ou o nível de senioridade. O Burnout pode afetar qualquer um a qualquer momento.
Quais os sintomas do Burnout?

Antes de deteriorar completamente a saúde mental do colaborador, a síndrome de Burnout apresenta alguns sintomas que podem ajudar a ser identificada. Dentre os principais, se destacam:
- Irritabilidade súbita;
- Mudanças bruscas de humor;
- Distúrbios de sono;
- Lapsos de memória;
- Ansiedade;
- Fadiga;
- Falta de apetite;
- Dificuldade de concentração;
- Baixa autoestima;
- Isolamento externo;
- Dores musculares e de cabeça;
- Cansaço constante;
- Falta de vontade de fazer atividades simples.
Muitas vezes, o Burnout se mostra quase como uma “dor invisível”, já que seus sintomas podem ser facilmente confundidos com situações corriqueiras do dia a dia.
Ao menor sinal de qualquer um desses sintomas, comece a prestar atenção nos sinais que o seu corpo dá. Lembre-se que não é normal viver sob pressão, ter horários de trabalho abusivos e se sentir infeliz no ambiente profissional.
Como evitar a síndrome de Burnout?
O Burnout não se combate sozinho. É muito importante ter uma rede de apoio que enxergue o problema e te ajude a se curar, aos poucos, dessa doença.
Essa síndrome não é tão fácil de ser combatida, até porque, não é possível tentar fugir desse mal quando a empresa não possui práticas e uma cultura que vise, acima de tudo, o bem-estar do colaborador.
Ainda assim, existem algumas atitudes que influenciam na sua saúde que podem ajudar a combater o Burnout, como:
Estabeleça limites
O trabalho não deve ser a sua vida. Saiba separar a hora de ser produtivo no âmbito profissional e a hora de cuidar de si mesmo. Se não der para entregar aquela demanda que surgiu de última hora, seja sincero. Ou, se você estiver se sentindo infeliz e sobrecarregado, converse com um psicólogo ou com os profissionais de RH da sua empresa.
Aprender a dizer “não” e estabelecer limites para não ficar sobrecarregado é essencial para uma vida mais saudável e equilibrada. Priorize sempre o que faz bem para você como indivíduo e saiba separar o profissional do pessoal.
Separe o “home” do “office”

Com o home office, é muito difícil conseguir separar a rotina pessoal da rotina profissional. Saiba a hora de parar de trabalhar e começar a se dedicar às tarefas do dia a dia. Além disso, tire um tempo para praticar o autocuidado e faça uma coisa que você goste por dia.
Mesmo trabalhando de casa, é necessário estabelecer limites para evitar a síndrome de Burnout. Afinal, você é o protagonista da sua vida e não o seu trabalho.
Faça pausas
É impossível ser produtivo o tempo todo. Nós somos seres humanos, não máquinas e, por isso, precisamos de pequenas pausas para conseguir descansar, clarear a mente, tomar uma água, fazer um alongamento… Essa atitude pode ajudar muito em um impasse e, com certeza, você voltará muito melhor.
Valorize seu trabalho
Tenha noção do profissional que você é. Além do Burnout, a síndrome do impostor também é um grande problema que, quando não tratado, pode se tornar uma doença grave. Por isso, saiba valorizar o seu trabalho e pratique a autoconfiança. Se você está nessa posição é porque a equipe confia em você para realizar as tarefas e entregar tudo dentro do esperado.
Faça algo que goste todos os dias
Antes de começar o dia de trabalho, é preciso fazer algo que você goste todos os dias para que você possa se conectar com sua essência e consiga se tornar a melhor versão de si mesmo. Seja meditação, exercícios físicos ou uma aula de yoga, tirar um momento do dia para praticar cuidar de si é essencial para uma vida mais equilibrada.
Lembre-se de descansar
Não deixe de dormir por conta do seu trabalho e evite dar poder para que os problemas profissionais não saiam da sua cabeça. Dar um descanso para seu corpo e mente é essencial para uma rotina mais equilibrada e um passo importantíssimo para que o Burnout não te atinja, além de promover uma qualidade de vida muito melhor.
A Síndrome de Burnout não é brincadeira. Cada vez mais pessoas se encontram presas nessa condição que pode destruir o psicológico de alguém. Se você se identificou com esses sintomas, busque ajuda profissional e procure cuidar mais de si mesmo, se colocando como prioridade.
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