Se você tem um medo exagerado de confiar nos outros, mesmo que sejam pessoas próximas, saiba que isso pode ter um nome: pistantrofobia. À primeira vista, essa palavra pode parecer estranha, mas para quem convive com esta condição, ela pode representar outra realidade.

Neste texto, vamos nos aprofundar sobre o assunto e destrinchar os sintomas e algumas dicas para lidar com a condição. Confira os tópicos:

pistantrofobia
Descubra o que é a pistantrofobia e confira dicas para lidar

O que é pistantrofobia?

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman fala sobre o conceito de modernidade líquida, no qual ele acredita que nossas relações sociais, econômicas e de produção são efêmeras demais, fugazes, como os líquidos, o que indica uma certa fragilidade no laço entre as pessoas.

A partir desse conceito, podemos tentar entender como tem sido cada vez mais difícil confiar nas pessoas, sejam elas familiares ou amigos, e construir relações duradouras. 

Esse receio ou medo irracional pode surgir de diferentes formas em uma pessoa, como, por exemplo, através de alguma decepção no passado, amizades ou relações que não deram certo e, até mesmo, experiências traumáticas na infância.

A pistantrofobia – essa palavra que você talvez nunca tenha ouvido – é um termo para representar o medo intenso de confiar nas pessoas. Sabe quando você tem uma experiência ruim com alguém e, após isso, passa a desacreditar de todos com quem interage e se relaciona? Então, isso é algo que pode ser desenvolvido durante o tempo e impactar negativamente na saúde mental.

Além disso, essa condição também pode impactar a vida social e emocional da pessoa. Por consequência da falta de confiança no outro, as interações tornam-se cada vez menos rotineiras, o que pode evoluir futuramente para um quadro de solidão e depressão.

pistantrofobia-isolamento
A pistantrofobia é capaz fazer com que o indivíduo se isole socialmente

Quais são os sintomas da pistantrofobia?

Apesar de parecer uma palavra complicada, entender como se dá os sintomas da pistantrofobia é o primeiro passo para lidar com a condição e encontrar maneiras de amenizar o impacto dela no bem-estar mental.

Geralmente, os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Para facilitar, nós separamos abaixo alguns que são os mais comuns e você deve ficar de olho:

1 – Dificuldade em se relacionar

Geralmente, pessoas com pistantrofobia possuem muita dificuldade em começar novos relacionamentos, sejam amorosos ou de amizade.  

Por exemplo, pode ser delicado para alguém confiar novamente em uma pessoa após ter passado por alguma experiência traumática e que essa confiança foi quebrada. Dessa maneira, acaba se tornando normal na vida do indivíduo criar barreiras que prejudicam a evolução de qualquer laço. 

Essa desconfiança com a outra parte, mesmo que a pessoa não tenha nada a ver com a situação traumática vivida no passado, pode gerar brigas e afastamento.

2 – Isolamento social

Em alguns casos, para evitar futuras frustrações, a pistantrofobia pode contribuir para o isolamento social, fazendo com que a pessoa evite se conectar com outras pessoas que estão à sua volta, indo além de relacionamentos amorosos ou não.

Para aqueles que sofrem da condição, a distância pode ser uma forma de se sentir protegido de possíveis decepções.

3 – Ansiedade e estresse

Quando a preocupação e o medo de se decepcionar futuramente afligem constantemente uma pessoa, esse quadro pode gerar ansiedade e emoções indesejadas o tempo todo para quem sofre com a condição. 

Sabe quando só de pensar em algo já gera um pequeno estresse? Então, é da mesma maneira com a ideia de confiar em outras pessoas ou voltar a se abrir para elas. Só de imaginar essas situações, é possível desencadear emoções prejudiciais para o bem-estar.

pistantrofobia-ansiedade
A ansiedade pode ser um sintoma comum para quem sofre da condição

Como se dá a pistantrofobia?

As causas da pistantrofobia podem variar de pessoa para pessoa, mas muitas vezes para entender a origem envolve o trabalho de olhar para o passado e compreender se alguma experiência traumática contribuiu para o desenvolvimento da condição. Em muitos casos, a resposta é: sim.

Além de acontecimentos traumáticos, outros fatores podem contribuir também, como:

  • Histórico familiar;
  • Fatores genéticos.

É importante ressaltar que somente um profissional poderá fazer o diagnóstico de quando uma pessoa possui fobia. Portanto, caso alguns dos sintomas listados no tópico acima persistirem, é recomendado consultar um médico especializado, como psicólogo ou terapeuta.

Como lidar com a pistantrofobia?

Se você sofre com a pistantrofobia, saiba que não está sozinho e existem diferentes maneiras de lidar com a condição. Seguindo algumas dicas, é possível amenizar o impacto das emoções e cuidar do bem-estar mental.

Comece aos poucos

Não é necessário ter pressa, pelo contrário, cuidar de uma fobia como essa exige paciência e atenção de quem está começando a lidar. Comece devagar e vá aumentando os níveis de confiança gradualmente, até o limite em que se sentir confortável.

Faça terapia

Não é novidade que hoje em dia é fundamental cuidar da saúde mental para viver em harmonia. Primeiramente, a terapia é um lugar seguro e confidencial para você expor suas incertezas, os medos, e identificar as experiências que contribuíram para o desenvolvimento da pistantrofobia. 

Além disso, consultar com um psicólogo ou terapeuta pode ajudar com estratégias e tratamentos eficazes que somente um profissional da área consegue indicar.

Pratique atividade física

Os benefícios da prática regular de atividade física ao nosso corpo e nossa mente são vários, por isso, independentemente se você estiver com o diagnóstico de pistantrofobia ou não, é fundamental buscar fazer algum tipo de exercício.

Além de ajudar na resistência e no fortalecimento muscular, praticar alguma modalidade esportiva libera endorfina, neurotransmissor que alivia a ansiedade e proporciona uma sensação de bem-estar.

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