Embora muitas pessoas já tenham ouvido falar sobre a dislexia infantil, saiba que ela pode seguir na vida adulta, dificultando a rotina profissional e pessoal daquela pessoa que possui este tipo de transtorno de aprendizado. 

dislexia
Já ouviu falar em dislexia? Saiba mais!

Entender melhor sobre este problema é uma maneira de identificar e, consequentemente, buscar ajuda profissional. Pensando nisso, responderemos as seguintes dúvidas: 

O que é dislexia?

Sabia que pouco mais de 7,8 milhões de brasileiros possuem dislexia? Conforme a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, este número representa cerca de 4% da população. 

De forma simples, a dislexia está relacionada ao transtorno de aprendizagem de origem neurobiológica, ou seja, que está ligada ao sistema nervoso e à disfunção do cérebro. Geralmente, os primeiros sinais acontecem na infância, podendo ser identificada em casa ou por meio dos professores na escola.  

Logo na infância, ela é caracterizada pela dificuldade em entender as palavras a partir dos sons, prejudicando a leitura e a compreensão do que está escrito. Por outro lado, o diagnóstico, na maioria das vezes, acaba passando despercebido, prejudicando o aprendizado e a maneira como aquela pessoa se desenvolverá nas demais fases da vida. 

Na fase adulta, os sintomas podem variar de uma pessoa para a outra, assim como a sua gravidade. Em alguns casos, torna-se mais perceptível a dificuldade em compreender um texto, visto que o processamento das informações levam mais tempo em relação a qualquer outra pessoa que não possui dislexia, gerando insegurança e baixa autoestima

Quais são as causas da dislexia?

A causa principal da dislexia está relacionada à alteração cromossômica hereditária, ou seja, é quando o DNA (ácido desoxirribonucleico) — informações genéticas de uma pessoa — sofre algum tipo de modificação a partir dos genes dos pais. Geralmente, alterações de cromossomos de um dos pais já é o suficiente.

Em alguns casos, a produção a mais de testosterona por parte da mãe durante a gravidez pode desencadear a dislexia.

Quais são os sintomas?

homem falando em público
A dificuldade de falar em público é um dos principais sintomas da dislexia

Os sintomas da dislexia podem variar de uma pessoa para a outra. Além disso, a idade e o cenário no qual ela está inserida também, uma vez que, ao se tratar de uma criança, ela pode sofrer de dispersão, falta de atenção e atraso na fala, por exemplo. 

Na fase adulta, assim como na infância, este transtorno pode aparecer de muitas maneiras, visto os diferentes graus. Pensando nisso, nós separamos uma lista com os principais sinais: 

  • Evita falar em público;
  • Falta de memória na hora de lembrar nomes;
  • Dificuldade para guardar conversas do passado;
  • Bloqueio ao ler em voz alta para outras pessoas;
  • Sofre de distração ao ler materiais muito longos, como textos escritos;
  • Dificuldade em administrar o tempo, tanto em casa quanto no trabalho;
  • Dificuldade para compreender o que leu, precisando reler mais de uma vez;
  • Entre outros sinais!

Em alguns casos, algumas pessoas sentem dificuldade na hora de pronunciar algumas palavras, falando-as erradas. O mesmo acontece quando precisa escrever. Vale lembrar que todos esses sinais não acontecem propositalmente, pelo contrário, é sem perceber. 

Como é feito o diagnóstico?

dislexia psicólogo
Entenda como é feito o diagnóstico da dislexia

Nunca é tarde para buscar ajuda, principalmente quando esses sintomas são recorrentes e afetam a sua qualidade de vida. Por isso, é importante buscar por profissionais capacitados, como neurologistas, fonoaudiólogos e psicólogos.

O diagnóstico de dislexia é feito por meio de testes no consultório. Isso acontece porque, em alguns casos, os sintomas podem se parecer com outros problemas, como déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), que gera falta de atenção e inquietação. A partir disso, são feitos alguns testes de audição, visão e desempenho cognitivos. 

Ou seja, o diagnóstico leva tempo e é minucioso, justamente para que seja uma avaliação cuidadosa. 

Por isso, se você conhece alguém ou até mesmo possui algum dos sintomas, é importante procurar ajuda médica. Mesmo sem uma cura, é possível contornar os sinais e viver com qualidade com o suporte necessário.