Comida de verdade ou de mentira, será que podemos diferenciar assim os alimentos ultraprocessados?

A verdade é que essas refeições passaram por um processo de separação de suas substâncias, sendo aquecidas e adicionadas inúmeras composições, como corantes, conservantes, proteínas hidrolisadas, entre muitas outras que não fazem bem à saúde.

Alimentos ultraprocessados
Os alimentos ultraprocessados estão mais presentes do que você imagina. Saiba mais!

Para ajudar você a entender melhor sobre o assunto, vamos abordar os seguintes tópicos: 

  • O que são alimentos ultraprocessados;
  • O que são os alimentos in natura e minimamente processados; 
  • Qual a diferença da comida pronta e/ou congelada para uma feita na hora;
  • Os alimentos ultraprocessados fazem mal à saúde;
  • O que fazer para estimular novos hábitos alimentares mais saudáveis.

O que são alimentos ultraprocessados? 

Segundo o nutricionista Osmar Vieira, formado pela Universidade Paulista (Unip), os alimentos ultraprocessados são todos aqueles que possuem fórmulas industriais, geralmente feitas inteiramente ou majoritariamente com substâncias que foram extraídas de alimentos, como o óleo, a gordura, o açúcar, o amido, a proteína, entre outras.

Doces e cereais são alimentos ultraprocessados
As guloseimas podem ser consideradas alimentos ultraprocessados. Confira!

Além dessas substâncias extraídas, podem ser classificadas as derivadas de constituintes dos alimentos, como a gordura hidrogenada e/ou o amido modificado. “Não podemos esquecer também das refeições sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas, como o petróleo e o carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados com propriedades sensoriais atraentes)”, explica Vieira.

Por isso, para te ajudar a entender quais são esses alimentos que envolvem, geralmente, técnicas de manufatura e aditivos de uso exclusivamente, vamos listar algumas opções que temos certeza que são consumidos na sua casa:

  • Guloseimas no geral (biscoitos, sorvetes, balas, etc);
  • Macarrão e temperos instantâneos;
  • Refrescos e refrigerantes;
  • Produtos congelados (pizza, lasanha, nhoque, etc);
  • Produtos prontos para consumo (hambúrguer, nuggets e/ou salsichas).

Ou seja, os itens listados acima representam os produtos de prateleiras (consumo rápido) e que precisam ser evitados. “Esses alimentos possuem ingredientes que incluem substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes, entre outros aditivos. Por fim, quando consumidos em excesso, eles podem prejudicar a saúde”, explica o nutricionista.

O que são alimentos in natura e minimamente processados?

Substitua os alimentos ultraprocessados pelos in natura ou minimamente processados

Segundo o Ministério da Saúde, em seu “Guia alimentar para a população brasileira”, é importante que cada pessoa dê sua devida importância para o alimento que está sendo ingerido, pois o seu organismo merece esse cuidado. 

Além disso, o informativo explica a diferença entre alimentos in natura e minimamente processados. Será que você sabe quais são as características desses mantimentos? Saberia identificá-los na sua cozinha? Pensando nisso, viemos te contar as particularidades de cada um.

Alimentos in natura

Conforme o “Guia alimentar para a população brasileira”, os alimentos in natura são todos aqueles que são adquiridos por meio das plantas e/ou dos animais. O consumo deles são indicados, pois não sofreram nenhum tipo de processamento, tornando-se benéficos à saúde. 

Alimentos minimamente processados

Já os alimentos minimamente processados, podem ser classificados todos aqueles que são “in natura”, mas que sofreram algum tipo de alteração – por menor que seja – pela indústria, como pasteurização, moagem, secagem, entre outras características. A seguir, confira alguns exemplos:

  • Verduras, legumes e/ou frutas;
  • Tubérculos lavados (batata, cenoura, beterraba, mandioca, inhame, etc);
  • Macarrão ou massa (água e farinha).

Por isso, se você deseja se alimentar corretamente, atenção à regra de ouro do guia alimentar do Ministério da Saúde: “prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a essas refeições ultraprocessadas”. Uma boa refeição pode ajudar a combater inúmeros problemas relacionados à saúde, como gripes e resfriados.

Comida pronta x alimento feito na hora

Devido à correria do dia a dia, as pessoas optam, quase sempre, por alimentos rápidos e fáceis. No entanto, essas refeições podem conter inúmeros aditivos que são prejudiciais à saúde. Além disso, o alimento feito na hora contém níveis baixos de conservantes e outras substâncias.  

“Além do nível reduzido de conservantes, sódio, açúcar e gordura, a comida feita na hora contribui para o desenvolvimento do contato com o alimento e do comer com consciência de forma saudável, além do consumo de alimentos frescos serem ricos em vitaminas e minerais essenciais para manutenção da saúde”, pontua Vieira.

Por isso, antes de recorrer aos produtos de prateleiras ou de micro-ondas, opte por aqueles alimentos in natura que podem ser preparados na sua casa. Afinal, além deles serem mais saudáveis, podem proporcionar inúmeros benefícios alimentares e são muito mais gostosos.

Os alimentos ultraprocessados fazem mal à saúde?

Os alimentos ultraprocessados são ricos em calorias e outros aditivos químicos. Confira!

Segundo o Guia Alimentar do Ministério da Saúde, os alimentos ultraprocessados são pobres de nutrientes, principalmente aqueles que são considerados importantes para o nosso organismo. No entanto, eles são ricos em calorias, açúcares, gorduras, sal e outros inúmeros aditivos químicos, responsáveis por garantir maior tempo de conservação e validade do alimento.

Além disso, o especialista explica que o consumo excessivo ou em grande quantidade dos alimentos ultraprocessados podem acarretar inúmeros malefícios para a saúde, como o ganho de peso descontrolado. 

“A alimentação dos ultraprocessados pode acarretar no desenvolvimento Síndrome Metabólica (conhecida como obesidade), Doenças Cardiovasculares e Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como, por exemplo, diabetes mellitus, problemas no sistema circulatório, neoplasias, entre outras”, explica.

O que fazer para estimular novos hábitos alimentares mais saudáveis?

Sabia que comer devagar é um dos hábitos que podemos adotar? Por isso, inclua alimentos in natura ou minimamente processados, pois garantem inúmeros benefícios, como melhora da pele, intestino, imunidade, concentração, humor, perda de peso corporal e diminuição do risco de doenças que estão associadas ao coração.

Segundo o nutricionista, é possível adquirir novos hábitos e cuidados em relação à alimentação. “Para desenvolver  práticas saudáveis, opte por alimentos considerados mais nutritivos (in natura) nas refeições. Em seguida, evite comidas ultraprocessadas (preservadas em sal, açúcar e gordura). Por último, beba no mínimo 2 litros de água por dia”, conclui o profissional.

Ao seguir essas dicas, você adquire uma base ideal em suas refeições, tornando-a cada vez mais adequada e saudável para a sua rotina. Por fim, busque sempre a orientação de um profissional da área da saúde para entender mais sobre o assunto e descobrir outras soluções para reduzir a presença dos alimentos ultraprocessados.