É dever de todas as pessoas promover a igualdade, independente das diferenças de raça. Por isso, ações de combate ao racismo para as empresas são muito importantes para inserir esses princípios no mundo corporativo. 

combate ao racismo nas empresas
O Dia da Consciência Negra promove o rompimento de padrões culturais, estéticos e morais presentes na sociedade e nas empresas. Saiba mais!

No Brasil, celebramos o Dia da Consciência Negra em 20 de novembro, em memória à trajetória da população negra no Brasil. A data foi escolhida por ser o dia da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, um dos principais líderes negros da história. 

Infelizmente, devido ao processo de construção do nosso país, casos de discriminação ainda ocorrem com bastante frequência. Precisamos entender por que ocorrem, em quais ambientes e quais são as medidas mais efetivas para combatê-los. 

Dados sobre o racismo no mundo corporativo

O Cegos Group (empresa internacional de treinamento e desenvolvimento de pessoas), publicou uma pesquisa que indica que 75% das empresas acreditam que o racismo é a discriminação mais comum no mundo corporativo. 

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) também divulgou um dado interessante: no segundo semestre de 2021, o número de pessoas brancas em cargos de liderança era o dobro das negras.

Esses números fazem parte do racismo estrutural, um reflexo da sociedade brasileira pós-abolição e traz suas consequências até os dias atuais.

A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que o progresso está lento, e ainda há um longo caminho a ser percorrido até que alcancemos, de fato, a igualdade racial nas instituições. 

Qual a responsabilidade das empresas no combate ao racismo?

Mulher fazendo uma apresentação na empresa
É obrigação da empresa promover um espaço diverso e inclusivo no combate ao racismo. Confira!

O fato é que as organizações não podem cruzar os braços e continuar suas rotinas como se o racismo nas empresas não existisse. E ter negros como colaboradores também não quer dizer que esse tipo de discriminação não possa ocorrer. 

É preciso educar, tomar atitudes concretas, escutar as vítimas (em caso de denúncia) e tornar o grupo de trabalho mais acolhedor e diverso.

Isso reflete até mesmo para fora da instituição: a Authenticity Gap apontou, em um estudo, que consumidores e colaboradores já esperam esse posicionamento das marcas. A nova geração de funcionários, por exemplo, leva em consideração as políticas de inclusão de gênero, raça e sustentabilidade.

Ou seja: combater o preconceito melhora a cultura da empresa de dentro para fora!

Quais são as formas de racismo nas empresas?

Para encontrar a melhor forma de combate ao racismo, é preciso entender como essa discriminação acontece. Explicamos a seguir a diferença entre preconceito, discriminação racial e racismo.

Preconceito

Quando alguém expõe uma opinião preconcebida, seja de forma negativa e/ou sem razão alguma sobre outra pessoa, ela está sendo preconceituosa. 

O preconceito nem sempre é racial. Também pode ser de origem/local de nascimento, orientação sexual, gênero, idade, entre outras características. Geralmente, tem relação com a falta de informação e a construção de estereótipos. 

Discriminação racial

A discriminação é o preconceito em forma de ação. A discriminação racial, então, é a rejeição, exclusão, bullying, segregação ou agressão (verbal ou física) motivada pela diferença racial entre duas pessoas. 

Racismo

O racismo é a crença de que um grupo racial é inferior em suas características, habilidades ou em sua intelectualidade (nesse caso, os negros). 

Isso acaba motivando o ódio e tem como resultado as guerras e a escravidão, como aconteceram na história do Brasil. 

Ou seja, ele reúne as características do preconceito e da discriminação, além de todas as implicações políticas, jurídicas e econômicas. 

Racismo institucional: o que é e quais são suas características?

Dentro do mundo corporativo, existe o racismo institucional. Esta é uma das formas de discriminação dentro das empresas: diferenciar profissionais por sua raça. 

Ela pode ser mais ou menos explícita. Os privilégios de um ou outro colaborador por conta de sua cor de pele e a diferença entre os salários médios de negros e brancos no mercado de trabalho são alguns exemplos do racismo institucional. 

Quando essas práticas são identificadas, é possível (e muito importante!) formalizar uma denúncia aos órgãos responsáveis. 

5 ações de combate ao racismo nas organizações

Existem diversas ações que as empresas podem tomar para contribuir no combate ao racismo. Nós separamos cinco delas, que podem fazer toda a diferença na cultura da empresa, promover a diversidade e diminuir os casos de preconceito. Confira!

Colaboradores em reunião
Incentivar a inclusão de pessoas negras e criar grupos representativos são apenas algumas das muitas ações em prol do combate ao racismo. Saiba mais!

1 – Incentivar a inclusão de pessoas negras

Atualmente, muitas empresas promovem processos seletivos com vagas afirmativas para pessoas negras. Isso é muito positivo, porque aumenta o número de profissionais negros ativos no mercado. 

Além de empregá-los, também é fundamental pensar em programas de desenvolvimento para garantir a possibilidade de crescimento dessas pessoas, para que atinjam cargos cada vez mais altos.

2 – Manifestar-se ao presenciar casos de discriminação

É claro que ninguém gostaria de presenciar um caso de racismo, mas isso pode acontecer em qualquer lugar. Por isso, é indispensável que a equipe esteja preparada para lidar com a situação da maneira correta. 

É preciso escutar a vítima para entender o que aconteceu, identificar a pessoa preconceituosa e tomar as atitudes cabíveis junto às autoridades e canais de denúncia. 

3 – Promover estudos sobre raça

A melhor arma contra o preconceito é a informação! Organizar palestras, rodas de conversa com especialistas, indicar livros e filmes sobre o tema e postar textos informativos nas redes sociais podem fazer com que o conhecimento chegue nas pessoas que precisam. 

Essas ações são capazes de desconstruir pensamentos preconceituosos e garantir um ambiente mais receptivo e agradável.

4 – Consumir conteúdos e serviços de pessoas negras

Pessoas negras não sabem falar apenas de racismo, certo? Encará-las como especialistas nas mais diversas áreas e dar espaço e voz a essa população também é uma forma de combater o preconceito. 

Essa é uma oportunidade de dar visibilidade a bons profissionais do mercado e mostrar a eles que também podem se destacar e ser referência no que fazem.

5 – Criação de grupos representativos

Um grupo de afinidade tem como objetivo reunir as pessoas com as mesmas características, a fim de que elas se sintam mais representadas e vejam que não estão sozinhas naquele espaço. 

Essas equipes também podem indicar o que pode ser melhorado nos processos da empresa para que a diversidade seja respeitada e continue o crescimento do combate ao racismo. 

Gostou dessas dicas de combate ao racismo para as empresas? Coloque-as em prática agora mesmo na sua organização.