Provavelmente você já deve ter ouvido falar em Transtorno Bipolar, né? Por outro lado, poucas pessoas sabem de fato quais são os sintomas e a importância do tratamento, visando a saúde e o bem-estar em todas as fases da vida.

Transtorno Bipolar
Conhece os sintomas do Transtorno Bipolar? Saiba mais!

Pensando nisso, é importante entender sobre este distúrbio psiquiátrico, né? Sendo assim, nós explicaremos ao longo deste artigo as seguintes dúvidas: 

  • O que é Transtorno Bipolar?
  • Quais são os tipos de Transtorno Bipolar?
  • Como é feito o diagnóstico do Transtorno Bipolar?
  • Como funciona o tratamento para bipolaridade?
  • Checklist para lidar com a bipolaridade.

O que é transtorno bipolar?

Mulher sorrindo
O Transtorno Bipolar está relacionado às mudanças de humor

O Transtorno Bipolar, também conhecido como bipolaridade e/ou doença maníaco-depressiva, é um distúrbio psiquiátrico que relaciona alguns fatores: biológicos, neuroquímicos e psicossociais/ambientes, que estão interligados às alterações de humor ao longo da rotina.

Conforme a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), o Transtorno Bipolar afeta mais de 140 milhões de pessoas ao redor do mundo. Em relação aos sintomas do distúrbio, eles surgem antes dos 30 anos e, geralmente, entre as pessoas com 18 e 25 anos. Já no Brasil, estima-se que exista aproximadamente 15 milhões de pessoas com transtornos bipolares.

Além disso, ele é responsável por causar depressão, euforia, apatia ou até mesmo sentimentos mistos, podendo durar desde curtos até longos períodos.

Devido à mudança de humor repentina, também conhecida por humor flutuante, os sintomas podem ser prejudiciais às relações interpessoais. Sem contar que pode afetar a produtividade nas tarefas do dia a dia, tanto no trabalho quanto em casa. 

Quais são os tipos de Transtorno Bipolar?

Mulher mexendo no celular
Transtorno Bipolar tipo 1 e 2, conhece? Saiba mais!

Embora muitas pessoas pensem que o Transtorno Bipolar seja único, vale lembrar que, assim como qualquer tipo de distúrbio, o diagnóstico pode variar de pessoa para pessoa, sendo importante procurar ajuda médica para identificar e realizar o tratamento. 

Para te ajudar a entender quais são os tipos de bipolaridade, explicaremos a seguir cada uma delas:

Transtorno Bipolar tipo 1 (mania)

Caracterizados por sintomas mais intensos, como, por exemplo, diferentes fases de humor, o Transtorno Bipolar tipo 1 é predominante nas diferentes manias, sendo pouco ligado à depressão — podendo acontecer também. 

Geralmente, seus episódios acontecem durante sete dias, visto que combina diferentes tipos de humor, como euforia, agitação e otimismo exagerado. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar agressividade, tanto física quanto verbal. 

No que diz respeito à rotina, o comportamento da bipolaridade tipo 1 pode apresentar mudanças de comportamento, tanto em casa quanto no trabalho, afetando o convívio com as pessoas e, consequentemente, diminuir o rendimento de qualquer tarefa. Confira alguns outros sintomas, de acordo com o Ministério da Saúde:

  • Falta de concentração;
  • Pensamento acelerado;
  • Pouca vontade de dormir;
  • Velocidade aumentada de fala;
  • Sensação de bem-estar extremo;
  • Hiperatividade ao longo da rotina; 
  • Impulsividade diante as situações;
  • Sensação de poder em relação aos outros;
  • E muito mais!

Transtorno Bipolar tipo 2 (depressão)

Diferente do primeiro, onde os sintomas de depressão são menos presentes, a bipolaridade tipo 2 já apresenta sintomas depressivos mais recorrentes. Geralmente, os sintomas estão relacionados à tristeza, à falta de esperança e ao pouco incentivo com a própria vida.

Outra característica bastante presente na bipolaridade tipo 2 são os episódios hipomaníacos. Diferente da mania, a hipomania é considerada mais leve, como excesso de energia, falta de paciência nas tarefas, muita agitação e até impulsividade na tomada de decisões.

Embora seja mais leve em comparação a bipolaridade tipo 1, é importante se atentar aos sintomas e procurar ajuda médica, visto que algumas características podem se desenvolver ao longo da vida e, em alguns casos, apresentar sinais tardiamente.  Confira alguns outros sintomas:

  • Ganha de peso;
  • Alterações no apetite;
  • Cansaço mental e emocional;
  • Vontade de chorar frequentes;
  • Sentimento de culpa recorrente;
  • Aumento da sensação de fadiga;
  • Sensação de insegurança, medo e indecisão;
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio;
  • Pouca disposição para praticar atividades físicas;
  • E muito mais!

Transtorno ciclotímico

Também considerado um tipo de bipolaridade, esse transtorno está relacionado às oscilações crônicas de humor, podendo acontecer em diversos momentos da rotina, inclusive no mesmo dia. Geralmente, os sintomas predominantes estão atrelados à euforia e  tristeza, podendo gerar desde autoestima inflada e disposição até impulsividade e irritação.

Transtorno bipolar não especificado

O 4º e último tipo é o Transtorno Bipolar não especificado. Neste caso, a pessoa pode apresentar sinais bipolares, mas as causas podem acontecer desde outras doenças até devido ao consumo devido ao abuso de substâncias. 

Como é feito o diagnóstico do Transtorno Bipolar?

Mulher fazendo terapia on-line
O acompanhamento psicológico é essencial em casos de Transtorno Bipolar. Saiba mais!

Assim como em situações de transtornos psiquiátricos, o diagnóstico da bipolaridade requer a ajuda de um psiquiatra, visto que diagnosticar esse distúrbio requer bastante análise comportamental e psicológica. 

Além disso, é importante que o acompanhamento seja feito também por meio de um psicólogo, visando entender todos os fatores externos acerca do paciente. 

Por se tratar de um transtorno complexo, é importante que todos os cuidados sejam tomados. Em casos de diagnóstico errado, o paciente pode retardar uma possível melhora do seu quadro clínico e até mesmo piorar, trazendo à tona episódios de mania. 

Vale lembrar que, em alguns casos, o diagnóstico pode aparecer como depressão, sendo, na verdade, um Transtorno Bipolar; por isso, é importante fazer uma análise cautelosa para obter uma análise assertiva.

Como funciona o tratamento para bipolaridade?

Após o diagnóstico de Transtorno Bipolar por um especialista, é possível oferecer o tratamento para o paciente, a partir de suas condições. A partir disso, será analisado o tipo de bipolaridade para escolher a melhor abordagem, como, por exemplo, tratamento médico, terapias e até mesmo medicamentos, podendo variar de paciente para paciente.

Em alguns casos, é preciso unir mais de um método de tratamento, sendo mais comum o uso de medicação e psicoterapia. Por meio do psicólogo, é possível fazer o acompanhamento e o controle das mudanças de humor por meio de orientações para controlar as próprias emoções, principalmente em relação às adversidades, tanto no trabalho quanto em casa, com amigos e/ou familiares.   

Portanto, o acompanhamento psiquiátrico e psicológico são extremamente importantes em casos de bipolaridade, tornando muito mais eficaz o tratamento em prol da qualidade de vida e do convívio social. 

Ah! Em casos raros de bipolaridade, a internação pode acontecer, principalmente quando o paciente se encontra em um quadro muito avançado, envolvendo tentativa de suicídio ou violência, seja com si próprio ou pessoas ao redor.

Checklist para lidar com a bipolaridade

Mulher segurando papéis
Confira algumas dicas para gerenciar melhor as emoções

Embora não exista uma cura para o Transtorno Bipolar, é muito importante procurar ajuda médica. Quanto antes o tratamento começar, maiores serão as chances de controlar os sintomas. 

Além disso, é possível tomar algumas atitudes em prol do autocuidado, sabia? Pensando nisso, separamos um checklist: 

  • Gerencie o estresse;
  • Pratique atividade física;
  • Procure apoio emocional;
  • Não negligencie sua saúde;
  • Identifique possíveis gatilhos;
  • Reconheça os sinais de alerta.

Lembre-se: é muito importante entender quais são as suas angústias, medos e sensações. Por último, mas não menos importante, o apoio médico é essencial para minimizar os sintomas.